No território brasileiro também
se configuram características e situações que envolvem a geopolítica -
principalmente de acordo com as características sócio-econômicas das diferentes
regiões do país, o desenvolvimento sustentável brasileiro, os conflitos entre o
desenvolvimento agrário e populacional e os biomas nativos na zona rural e o
crescimento urbanísitico, incluindo a inserção do país na economia
internacional, tendo como destaque a negociação com grandes blocos e a formação
de entidades supranacionais, como o Mercosul e
a UNASUL. Desta
forma, a geopolítica do Brasil está intrinsecamente ligada à Geopolítica
da América do Sul
Além disso, áreas importantes do
país configuram o cenário geopolítico brasileiro, como o litoral marcado pelas
ricas reservas de petróleo, incluindo o pré-sal nacional,
o Rio Prata,
incluindo o Ecossistema do Pantanal Mato grossenses, e a Floresta Amazônica, seja a Amazônia
Legal ou a Amazônia internacional, além das fronteiras do
país.
Temas sensíveis relacionados à Geologia, Geografia e
à terra como a reforma agrária, aos estudos de planejamento
urbano (Plano Diretor dos municípios) ou ainda as relações entre o Estado e a
sociedade, ou entre o governo Federal e as regiões, no que tange à
administração ambiental das áreas naturais-administrativas, são objetos da
geopolítica do Brasil.
Temas como a geopolítica da fome, da Antártica e
do Atlântico Sul e das águas fluviais do Rio Prata têm
sido mais intensamente estudados na atualidade brasileira, principalmente
porque interessam diretamente ao Brasil e seus vizinhos, tanto pelas
perspectivas de cooperação e integração regional, como pelas disputas
internacionais históricas ainda existentes, como devido às perspectivas futuras
de disputas envolvendo o controle sobre recursos naturais estratégicos.
Neste sentido a questão
ambiental, territorial e as diferentes formas de disputas fronteiriças estão
permeados pelas disputas envolvendo a delimitação do mar
territorial e da zona econômica exclusiva, de grande
relevância atualmente tanto para a pesca como para a
exploração do subsolo marinho, especialmente de petróleo em
alto mar.
Concepções recentes de
geopolítica também consideram as modernas redes de comunicação como
a internet,
a partir da chamada geopolítica do ciberespaço.
O ciberespaço pode ser considerado elemento de análise geopolítica na medida em
que este envolve uma base física, uma infra-estrutura geograficamente
distribuída: os "troncos de fibra óptica" e
os satélites. Estes
elementos estão relacionados tanto às comunicações para fins civis como para
fins militares (ver artigo ARPANET), à guerra eletrônica e também à militarização
do espaço sideral, que vem sendo ampliada com a
criação de comandos ou forças espaciais em diferentes Forças
Armadas do mundo.
Como grandes nomes dos estudos
geopolíticos clássicos no Brasil, podemos citar Josué de
Castro, Mário
Travassos, Carlos de Meira Mattos, Golbery do Couto e Silva, Therezinha de Castro e José Oswaldo
Meira Penna.
Os estudos envolvendo temas de
geopolítica, na atualidade, incluem inúmeros pesquisadores em diferentes
centros de estudo e pesquisa das grandes Universidades brasileiras,
principalmente ligados às áreas de Geografia, Geologia, Ecologia, Climatologia, Ciência Política, Política Internacional, Estudos Estratégicos e de Segurança e Defesa (principalmente sob
aspecto ambiental).
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